O mundo está de frente a uma catástrofe ecológica causada
por vidas marinhas de formas desconhecidas. Cada jogador representa uma nação
enviando seus cientistas para confrontar a ameaça.
O Jogo
Baseado no romance de Frank Schätzing, é uma continuação da
linhas de jogos baseados em literatura da Kosmos, adaptado pela dupla alemã Michael
Kiesling e Wolfgang Kramer, criadores de vários clássicos como El Grande e
Tikal.
O tabuleiro representa o oceano em contato com a terra nos
pontos cardeais. Cada local possui uma numeração que poderá render pontos
extras ao final do jogo. Cada jogador deve posicionar uma estação de pesquisa
inicial em cada uma das laterais e dela partirá a rede de pesquisa pelo oceano
coletando amostras d’água.
O jogo conta com dois mecanismos básicos que norteiam os
jogadores. O primeiro deles é a escolha de cartas de ação. A cada rodada, elas
são posicionadas ao redor do tabuleiro. Cada jogador formará um deck com essas
cartas, que contem ações como criar novas estações de pesquisas, contratar
pesquisadores, navegação, inserir perigo
como ataque de baleira, tsunami e caranguejo gigante e escolher a ordem de
jogo. É muito importante equilibrar os custos pagos por cada carta, a escolha
delas e até mesmo evitar que o
adversário consiga alguma carta específica.
A segunda etapa é utilizar essas cartas, e então entra a
segunda ação mais importante: navegar! Com ela, o jogador recolhe tiles do
tabuleiro para utilizá-los no futuro. Quanto mais tiles ele conseguir, melhor.
Eles funcionam como um quebra cabeças, e precisam se conectar para ir formando a
rede. Cada tile contem amostras de material que rendem pontos de vitória
imediatos ao jogador.
Ao final da rodada, cada jogador deve pontuar pela sua maior
rede, que incluiu absolutamente tudo: desde a estação de pesquisa, os
pesquisadores, as bóias (colocadas sobre os tiles) e os navios.
Essas ações se repetem nas 3 ou 4 rodadas (mudam de acordo
com o número de jogadores) até a pontuação final. Mas claro que nem tudo são
flores, e além de navegar e pesquisar, os jogadores tem que enfrentar os
perigos naturais (controlados pelos adversários). Os perigos são baleias,
tsunamis e um caranguejo gigante. Cada um deles possui uma movimentação
específica, e tira pontos de quem é atingido rendendo pontos ao jogador que o
ativou na mesma proporção.
É interessante notar como os pontos de pesquisa (pontos de
vitórias) são usados como moeda para absolutamente tudo, desde o papel de
dinheiro na compra das cartas, marcador de dano no caso dos ataques, contador
de amebas como nível de pesquisa e finalmente virando pontos de vitória.
Ao final, existem duas pontuações importantíssimas, e que os
jogadores devem ter em mente desde a primeira rodada. No centro do tabuleiro
está o “olho do cardume”, o local de onde surgem as estranhas amostras. Por
cada estação de pesquisa que esteja conectada ao centro pela rede, o jogador
pontua o número do local da estação. Além disso, se ele conseguir conectar suas
estações em cada lado do tabuleiro, ganhará uma soma importantíssima de pontos
capaz de virar a partida.
Comentários
Um jogo de premissa aparentemente simples para o que estamos
acostumados da dupla K&K, mas que esconde um quebra-cabeças entremeado de
estratégias. Ao contrário de outros grandes autores de boardgames que perdem a
mão ao adaptarem obras literárias, The Swarm vem provar a qualidade intrínseca
a dupla K&K, e o talento em se utilizar sempre de novas mecânicas em seus
jogos.
O charme do jogo fica por conta dos componentes, com meeples
de madeira em formato de baleias,
ondas gigantes e caranguejo, além dos exploradores e navios de pesquisa. Os tiles que formam a rede representam um grande oceano conectando os quatro lados dos continentes.
ondas gigantes e caranguejo, além dos exploradores e navios de pesquisa. Os tiles que formam a rede representam um grande oceano conectando os quatro lados dos continentes.
O playaid é bastante explicativo, e um facilitador. Para os
jogadores com dificuldade em língua estrangeira, basta traduzir o guia que
auxiliará muito. Na verdade, as cartas de ação são independentes de idioma,
apenas 4 cartas especiais possuem texto. Mas é interessante a tradução para
conferir os sistemas de pontuação e movimentação das ameaças.
Em suma, The Swarm foi uma excelente surpresa, perdida entre
tantos lançamentos e vale o investimento.
2 a 4 jogadores
Duração: 75 Min
Idade: 12 anos
Publisher: KOSMOS e Z-Man Games
[Resenha publicada originalmente na Ludo Brasil Magazine nº 29]
[Resenha publicada originalmente na Ludo Brasil Magazine nº 29]
Interessante.... realmente esse jogo passou batido.
ResponderExcluirExcelnte Review.