Neste duelo
medieval, três valentes anões devem manter preso um terrível dragão cuspidor de
fogo para provar sua honra e lealdade. Mas a grande besta vermelha tem suas
artimanhas para escapar.
Objetivo do jogo:
Para os anões: devem matar o dragão
antes que suas cartas acabem. Para o dragão: matar os anões ou acabar com as
cartas deles.
Componentes:
- tabuleiro central
- 38 cartas de dragão
- 38 cartas de anões
- tabuleiro do dragão
- tabuleiro dos anões
- 1 miniatura de dragão
- 3 miniaturas de anões
- 1 token de rede
- 1 token de fúria
- tokens de danos
- livro de regras
Componentes de ótima
qualidade, com papelão bem rígido e boa impressão. Miniaturas bem detalhadas de
cada personagem (4 diferentes). A arte é muito boa e bastante fiel em relação
às miniaturas.
O Jogo:
Drako é um jogo polonês do designer Adam Kałuża, autor de
The Cave e K2, já especialista em jogos para dois jogadores. Drako não é
diferente, e traz o diferencial de ser um jogo assimétrico para dois jogadores,
sendo que um deles lidera uma equipe de três anões, que são experientes
caçadores de dragões, e o outro jogador joga como um dragão vermelho, que vem
espalhando terror entre os camponeses locais. Os anões conseguiram prender o
dragão num vale sombrio ao pé da montanha onde ele vive – aparentemente,
dragões não resistem ao cheiro de ovelhas recém abatidas – mas apesar de estar
acorrentado, o dragão ainda é jovem e feroz, tornando difícil a tarefa para os
anões, que têm que matá-lo, sem que sejam eles próprios mortos.
A mecânica do jogo é bem simples. Cada jogador tem um
baralho exclusivo de cartas com símbolos que indicam que tipo de ação pode
fazer. E em cada turno, os jogadores podem comprar cartas e usá-las (numa
proporção específica), sendo que seu uso determina movimento, ataque ou defesa.
O dragão, a partir do centro do tabuleiro principal, deve
matar os três anões a sua volta, ou fazer com que o jogador gaste todas as suas
cartas. Enquanto isso, os três anões, com habilidades específicas, tentam
cercá-lo e atingí-lo mortalmente. Cada jogador possui um tabuleiro próprio onde
controla os danos sofridos. O dragão possui três poderes especiais: voar,
cuspir fogo e se movimentar. Quando os espaços de dano estiverem preenchidos em
um desses poderes, o dragão perde sua capacidade de executá-lo.
Já o tabuleiro dos anões, mede a vitalidade de cada um.
Tendo todos os espaços preenchidos, o anão morre e sua miniatura é retirada do
jogo. Assim como o dragão, os anões também tem poderes especiais, lançar rede,
atirar flechas e ataque de fúria. Caso o anão morra, o jogador não poderá mais
usar esses recursos. Além disso, alguns deles são limitados, o que exige que o
jogador saiba o melhor momento de usá-los.
Muito simples, certo? O único porém fica por conta da
aleatoriedade das cartas, da qual não se tem como fugir, e dependerá muito da
capacidade estratégica do jogador de usá-las da melhor forma possível. Cada
jogador pode ter até seis cartas na mão e escolher essas cartas e manobrar seus
personagens são a chave para a vitória. Saber ler o movimento do adversário e
saber quando ele tem cartas de defesa ou não pode fazer toda a diferença.
Embora possa parecer bastante desequilibrado a favor do
dragão numa primeira partida, uma boa estratégia de mobilização do dragão pode
permitir uma vitória emocionante aos anões.
Considerações:
Um bom jogo para
dois jogadores, com um visual e componentes caprichado! Ideal para jogadores
que gostam de regras extremamente simples, mas com bastante emoção, afinal, é
quase uma caçada medieval. O diferencial de cada jogador ter um personagem
único com habilidades tão distintas, permite que cada partida possa ter um rumo
completamente novo e vários pedidos de revanche. Além da configuração inicial
básica, o jogo permite aos mais experientes, um posicionamento tático inicial
particular.
Informações adicionais:
2 jogadores
Acima de 8 anos
Tempo médio: 30 min
Valor médio: U$35
Publisher: Rebel
2 jogadores
Acima de 8 anos
Tempo médio: 30 min
Valor médio: U$35
Publisher: Rebel
[Resenha publicada originalmente na Ludo Brasil Magazine nº 22]
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