8 de jul. de 2011

Raiz do Tabuleiro

Final de semana passado, eu e Fabi fomos “desbussolar“ no sítio da tia dela, em Raiz da Serra. Frio, boa comida caseira e jogatina, claro! Mas nada pesado porque a mãe dela ia ser nossa cobaia, então levamos muitos cardgames e apenas dois tabuleiros. Enquanto isso, na capital carioca, Lu – the legend comandava uma maratona sem hora pra acabar que se tornou épica! (ganhará outro post assim que ela me passar o material)

Eu e Fabi fazendo pose no rio (um friiiio) ^^

Quero começar falando de Tikal II, que sempre ganha mesa por aqui, é um jogo relativamente fácil de compreender, acho uma boa transição entre os “clássicos brasileiros” e o europeus, tem um lindo tabuleiro e miniaturas e o mais importante: permite disputas emocionantes pela vitória!

Porque elas também tem direito de jogar, oras :P

Fabi começou com sua clássica estratégia de monopolizar todas as cartas especiais em busca do tesouro e escavações secretas. Havíamos combinado de não “sacanear com as portas” para facilitar o jogo pra Tia Pilé, mas isso não impediu que a sede pelo sangue da vitória atiçasse Fabi. Ela logo disparou na frente na tabela de pontos de vitória.

Tia Pilé concentradíssima!

Foi quando, em nome da Tia Pilé, e da minha honra recém conquistada no Spoleto, que não podia deixá-la nos fazer comer poeira. As cartas eram uma estratégia morta, e somente pontos de vitória por santuário não renderiam o suficiente. Consegui pegar as duas últimas escavações secretas e parti para uma estratégia nova: tesouros. Mas não um de cada, escolhi um tipo, calculei o tempo mais ou menos de quando ele estaria no seu valor máximo de cotação, tentei acumular a maior quantidade possível dele, e ainda comprei a carta que me dava +2 pontos sobre o valor do tesouro na venda. Ou seja, consegui vender quatro tesouros a 7 pontos! Somados aos outros tesouros vendidos, aos santuários e escavações, consegui colocar Fabiana para trás. Só torcia para que tivesse sido “para trás o bastante”, porque entre aquelas cartas, sabia que estavam o tesouro de 12 pontos e outros tantos pontos de vitória.

Foi uma contagem emocionante, ponto a ponto, e o placar final foi:
Tia Pilé: 120 pontos
Fabi: 149 pontos
Renata: 150 pontos \o/


Cardgames:

COLORETTO
2 a 5 jogadores / +8 / 30 min

Começando o dia com o já clássico Coloretto, sempre recomendadíssimo, fizemos três partidas disputadas. Eu e Fabi só na inocência, preocupadas com que tia Pilé se adaptasse, e ela só na malandragem de anos de Buraco, tentando surrupiar as cartas pra ela. Um periiiigo essa senhora! Não podíamos tirar o olho! Se aparecia coringa ou carta bônus então, nossa, tínhamos que recuperar na marra! Foi um começo bem divertido e os resultados foram:

1ª. Partida                   2ª. Partida                   3ª. Partida
Renata 43 pts  \o/        Fabi 35 pts  \o/            Fabi 49 pts \o/
Pilé 42 pts                   Renata 27 pts              Renata 40 pts
Fabi 36 pts                  Pilé 27 pts                   Pilé 36 pts

Só chamo a atenção para uma alteração da regra em português. Para partidas de 3 ou mais jogadores, a regra não discrimina o inicio do jogo com uma carta cada, nem que se pode comprar uma fileira incompleta. Então, quem quiser conferir a regra original, pegue aqui:  Regras


CLUE SUSPEITOS
2 a 4 jogadores / +8 / 15 min

Em seguida, experimentamos o Clue Suspeitos pela primeira vez. Confesso que a versão Detetive de tabuleiro sempre foi meu preferido, junto com o Jogo da Vida, durante toda a minha infância! Há muito tempo que não o jogo, mas a esperança que a versão cartas também seja nostálgica não nos abandona... até que o jogamos.

Compreendo que a intenção das versões cardgames seja para agilizar o tempo de jogo, a praticidade e o custo. Mas Clue Suspeitos é tão rápido, que perde toda a graça do jogo de dedução. Tentamos três partidas, com modo simples e avançado, e todas não sobreviveram a 3 ou 4 perguntas.

Outra coisa que me desagradou, foi o visual que se assemelha muito mais a um jogo CSI do que ao Clue clássico. Os personagens que conhecemos não estão lá, são suspeitos em formato sombra com cores. Os aposentos também foram descaracterizados, tendo até mesmo um “Spa”. De todos que já joguei, é o único que não recomendo.


MONOPOLY DEAL
2 a 5 jogadores / +8 / 15 min
No dia seguinte puxamos o Monopoly Deal. Este eu já tinha jogado antes e a velocidade que no Clue me desagradou, aqui acertou em cheio. Um dos grandes problemas do Banco Imobiliário / Monopoly clássico eram suas partidas intermináveis onde as pessoas simplesmente desistiam de continuar jogando depois de 3 horas de partida e vencia quem tinha mais dinheiro no momento.

Com o cardgame, seu objetivo é fazer três conjuntos completos de propriedades, e as cartas de ação promovem uma dinâmica ótima (principalmente se quem joga faz de tudo para o outro não vencer). Engatamos várias partidas em sequência, que até perdi a conta, mas não foram menos do que cinco.

Embora as vezes você consiga montar dois conjuntos rápidos, e falta pouco para o terceiro, você não sabe quando o adversário irá lhe roubar todas as cartas (¬¬”) e sua estratégia terá que mudar toda. Haja adrenalina.
De todos as “conversões”, este é o que mais recomendo.


PICTUREKA!
+2 jogadores / +6 / 15 min
 
Não o jogamos no final de semana, mas está na linha das conversões, então resolvi incluí-lo no post, é o Pictureka!, ou como eu o chamo, a salvação de viagens longas e engarrafamentos cariocas! O jogo é um baralho com diversas figuras esdrúxulas, exóticas, engraçadas e até nojentas, e existem diversas formas de se jogar. A que recomendo para os momentos de engarrafamento, pois você não precisa de uma mesa, e pode ser jogada com dois jogadores tranqüilamente, é a que um retira uma característica, exemplo: coisa fedida, e o outro, com as cartas que tem na mão, precisa apontar algum detalhe do desenho que seja uma coisa fedida, como chulé, por exemplo. E a lista é interminável.
Diversão garantida e muitas risadas! Está na lista dos recomendáveis.


DE PAPAS A PINGUINOS
2 a 10 jogadores / +7 / 20 min
 
E para fechar, experimentamos o De Papas a Pingüinos, cardgame cognitivo que ganhei da Fabi, made in Buenos Aires.  ^_^
Nele você precisa encontrar uma conexão plausível entre a carta-figura aberta na mesa, e todas as que você tem na mão, mas precisa fazê-lo antes do seu adversário! Tem que ser muito rápido e manter a mente aberta para encontrar as conexões, que não podem ser genéricas de mais. A aceitação vai do bom senso dos jogadores.
Bom jogo, e precisamos testá-lo com uma mesa maior para ver se rola carnificina (ops).


Todos eles, com exceção do argentino, estão disponíveis nas lojas entre R$10,00 e R$15,00, o que os tornam uma boa diversão, barata e prática.

Levamos também o Vinhos, Bang e CinCin, mas infelizmente não deu tempo de jogá-los.
Valeu o final de semana, muito obrigada, Tia Dalva, por abrir sua casa a essas duas malucas, quer dizer, desbussoladas, obrigada Tia Pilé pela companhia, e obrigada Mariângela pela comida que estava ótima! ^_^


E o agradecimento especial vai a todos os desbussolados de plantão que seguem o blog, lêem, comentam, divulgam, curtem, etc. Obrigado a todos vocês, passamos das 1.000 visualizações! E espero que continuemos crescendo! \o/

5 comentários:

  1. Aê Dna. Rê, mais de 1000 visualizações!!!!

    Legal saber que vocês curtiram tanto o Tikal II, me sinto feliz de ter apresentado ele pra vcs... =D

    Ainda temos que combinar aquela partida de Small World...

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  2. RE PALHEIROS!

    Corrigindo: 1000 e UMA visualizações :)

    Cacá, estou aguardando chegar a minha expansao do Small World. Na verdade, estou com saudade de jogar de novo com Necromancer Island ou as cartas de evento (Tales & Legends).

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  3. Valeu, Cacá! Ainda preciso aprender Tikal I e Small World, claro!!! Tá sempre na lista XD

    obrigada, Victor! \o/ \o/ \o/
    E vamos até 10.000 XD

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  4. 1.000 e mais alguma coisa!!!

    P-A-R-A-B-E-N-S!!!

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  5. até que enfim, D. Luciana! Ainda bem que apareceu pra comemorar ^_^

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